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01 outubro 2012

ando pelo norte há demasiado tempo xviii

o homem chateia-me um bocado, mas ainda me chateia mais chamarem-lhe "íens" quando o nome dele é "iéns".

26 junho 2012

coisas incríveis que se ouvem na suécia

"este verão as minhas férias vão ser fraquinhas, só vou tirar 4 semanas."

24 fevereiro 2012

ando pelo norte há demasiado tempo xvii

ontem à noite, depois do jogo de hóquei, não encontrei a paragem de autocarro e decidi ir a pé até casa. foram 50 minutos, mas não fez mal porque afinal 2ºC é quente.

ando pelo norte há demasiado tempo xvi

fui a um jogo de hóquei no gelo, não perdi o disco de vista e achei toda a porrada que houve em campo perfeitamente justificada.

ando pelo norte há demasiado tempo xv

pousar o pão directamente no balcão do café é normal. e sei que quando voltar para portugal morro disto.

[adenda: isto não é nenhuma crítica enviesada ao grau de limpeza dos balcões de café portugueses. só as diferentes temperatura e humidade em portugal e na suécia devem chegar e bastar para justificar a atitude escandinava mais relaxada nestas matérias. não quero cá confusões.]

16 fevereiro 2012

há quem ache que eu não posso com a suécia. a culpa é minha, nunca desmenti a coisa com a veemência que merece. digo muito mal, claro. mas eu só digo mal desta maneira do que gosto, pensei que já se soubesse isso. e ontem, ao ver aquele triste episódio (vide post anterior), senti-me mais escandinava do que europeia, mais sueca do que portuguesa.

o chato é não se encontrarem pães-de-leite de jeito por aqui. ou couve para caldo verde.

tenho a escandinávia entranhada em mim

o tanto que o meu queixo caiu ontem à noite quando vi a triste figura deste senhor na televisão!



espreitem aqui (até 10 março), entre os 35:15 min e os 51:20, para verem como mona sahlin (que quase ficou com o assento de reinfeldt há uns tempos), timbuktu (um sô artista do rap/reggae sueco), jonas gahr støre (ministro dos negócios estrangeiros norueguês) e fredrik skavlan (o apresentador) se torcem todos para não pregarem um par de estalos ao senhor enquanto tentam, infrutiferamente, transformar aquele monólogo inflamado num coisa qualquer mais parecida com uma conversa. 

o homem largou tantos insultos que é impossível falar deles todos. vejam tudo, são 16 minutos que valem a pena. para rir ou para chorar, ainda não me decidi.

21 janeiro 2012

suecos

há um moço por aqui que diz que é mentira os suecos terem dificuldade em exteriorizar sentimentos - ele diz que eles não sentem. nunca o levo muito a sério, mas hoje lembrei-me disto quando entrei no edifício da faculdade.

não tem estado um inverno frio (nem sequer tem estado bem inverno...), mas nos últimos dias a temperatura baixou bastante e levantou-se um ventozinho que mata um bocado. da paragem do autocarro ao meu edifício são uns 50 m ou coisa assim e decidi não pôr as luvas. quando a porta se abriu (depois de várias tentativas desajeitadas de passar o cartão na máquina com os dedos enregelados) levei com um bafo quentinho que me corou as bochechas e me deixou realmente agradecida por não se desligar o aquecimento por estes lados. e lembrei-me duma conversa que tivemos há uns tempos aqui no departamento, durante o café.

já há mais de um ano que correm rumores acerca de um homem que dorme no edifício da faculdade. a universidade é gratuita por isso ele vai-se inscrevendo em algumas cadeiras, recebe identificação de estudante e acesso aos edifícios, mesmo durante a noite e aos fins-de-semana (entra-se quase em qualquer lado com a chave-cartão). no nosso edifício há até um quarto de descanso e um balneário para os funcionários da universidade (para quem traz a bicicleta, por exemplo, não ir a pingar suor para a sala de aula). não é aceitável que alguém more aqui, claro, e a situação deu origem a várias horas de discussão - informal e formalmente. não sei bem como foi resolvida, mas há uns tempos comentaram que agora o acesso ao balneário e ao quarto de descanso, assim como outras áreas, estava limitado e tinha de se pedir uma autorização especial. por causa do tal morador clandestino. e que era bem-feito.

perguntei se em karlstad existe alguma casa-abrigo, onde quem não tem sítio para ficar possa aquecer-se e passar a noite e ninguém me soube responder. ninguém se mostrou interessado ou sequer percebeu como é que isso seria relevante para a conversa, que entretanto seguiu por outros caminhos (hóquei, o tempo, a tira de bd do dia).. aqui morre-se na rua sem abrigo. e a falta de compaixão dos meus colegas chocou-me.


16 dezembro 2011

ando pelo norte há demasiado tempo xiv

já não sei o que é andar com os fundilhos das collants nos joelhos.

30 novembro 2011

ando pelo norte há demasiado tempo xiii

mesa para as 18h é jantar e não lanche.

ando pelo norte há demasiado tempo xii

no supermercado, ponho as coisas na passadeira com os códigos de barras bem-comportadinhos virados para o sensor. ainda não cheguei ao extremo de pôr tudo em fila indiana porque continuo a achar um desperdício de espaço, mas mais uns mesinhos e talvez lá chegue.

27 outubro 2011

ando pelo norte há demasiado tempo xi

e de batatas cozidas.

ando pelo norte há demasiado tempo x

reparei no outro dia que gosto de salmão.

[correcção: afinal continuo a não gostar de salmão - só do (bem) fumado, como o do sítio ali de cima. hoje ao almoço ia despejando bolo alimentar no prato, mesmo em frente a um sô professor aqui do grupo e outra gente importante.]

ando pelo norte há demasiado tempo ix

há sempre gelado no meu congelador e cogumelos secos no meu armário.

ando pelo norte há demasiado tempo viii

ah, hum e [ar a ser inspirado pela boca rapidamente] são variantes perfeitamente aceitáveis para sim.

ando pelo norte há demasiado tempo vii

gosto de abraçar os meus amigos e acho aquela coisa dos beijinhos estranha.

03 outubro 2011

ando pelo norte há demasiado tempo vi

tenho pelo menos uma faca de manteiga em madeira. e estou a considerar comprar outra.

ando pelo norte há demasiado tempo v

tenho uma montanha de sapatos à entrada e se depois de me calçar e antes de sair tiver de dar dois passos fora do tapete para buscar a chave/telemóvel/mala/o-que-for-que-me-tenha-esquecido sinto-me vagamente nauseada.

ando pelo norte há demasiado tempo iv

nem sem uma lâmpada por cima do lava-loiças.