15 junho 2008

salta-me a veia autoritária e tenho vontade de pegar no país por uma orelha (que a polícia sueca não me oiça ou ainda vou presa) e pô-lo de castigo



«Durante três dias, as estradas, em alguns pontos nevrálgicos do país, foram controlada por façanhudos que impediram a circulação de mercadorias. A polícia do Estado assistiu com benevolência. Habituada a dar porrada em trabalhadores fabris e estudantes faltava-lhe o cacete adequado e não actuou, nem seguramente recebeu ordens para tal. Agressões, atropelamentos mortais, destruição de bens, incêndios, foram consentidos com placidez. Enquanto os jagunços ocupavam a rua, o governo negociava com os representantes engravatados do sector. E repunha-lhes os lucros à custa dos restantes cidadãos, mais preocupados em encher os depósitos de carros e discutir o contrato de Scolari com o Chelsea.

Em plena crise a Galp aumentou o preço dos combustíveis. Mas não se ouviu nenhum grito de revolta, nem foi conhecida nenhuma acção responsável dirigida contra os distribuidores ou os produtores de petróleo.

A paralisação foi decidida, executada e dirigida por pequenos e médios patrões, com organização rudimentar. Os aparelhos sindicais clássicos que tinham mobilizado 200.000 pessoas na semana anterior assistiram, como o resto do país, ao espectáculo. Dos aparelhos sindicais neo-clássicos ninguém espera verdadeiramente nada.

Os partidos parlamentares estiveram a comemorar o dia não-se-sabe bem de quê. Os partidos de esquerda parlamentar fizeram declarações pavlovianas sobre a gaffe pavloviana do Presidente. A líder da oposição, economista de obra conhecida, esteve calada.

Os teóricos da alterglobalização fizeram ponte.

O Dr. Vital Moreira escreveu um artigo em louvor da economia de mercado regulada pelo Eng.ºSócrates e o dr. Loureiro fez um negócio milionário com peixe congelado no fim do prazo de validade.

Quando se esperava que os partidos explicassem aos eleitores a crise que encena os próximos episódios da civilização baseada no mercado, no individualismo e nos combustíveis fósseis, e apresentassem medidas para a dominar, houve futebol, história fedorenta, medalhas de metal sem valor em peitos sempre feitos e outros mais ingénuos.

Os jovens não acreditam na crise. Os jovens têm uma religião que tem como pilares os supermercados cheios de comida, o depósito de gasolina e os concertos de cerveja. A crise de Junho foi vivida como uma interrupção da festa, uma ressaca antes dos festivais de Verão.

Os mais velhos são jovens retardados. Como se vê nas reportagens do Europeu, os mais velhos olham para o lado antes de gritar, para ver como gritam os mais novos.

Os mais velhos dos mais velhos querem é que os deixem.

Os mais novos dos mais novos vão ser entregues aos pais biológicos.

Eu sei de um sítio com uma horta, água limpa, um falcão peneireiro nos céus. Não tenho é gasolina para lá chegar.»

copiado daqui

01 junho 2008

inventa-se tanta coisa para fazer quando o tempo é curto


What philosophy do you follow? (v1.03)

created with QuizFarm.com

You scored as Existentialism.
Your life is guided by the concept of Existentialism: You choose the meaning and purpose of your life.

“Man is condemned to be free; because once thrown into the world, he is responsible for everything he does.”
“It is up to you to give [life] a meaning.”
Jean-Paul Sartre

“It is man's natural sickness to believe that he possesses the Truth.”

Blaise Pascal

Existentialism



80%

Hedonism



70%

Utilitarianism



70%

Kantianism



40%

Justice (Fairness)



40%

Apathy



35%

Strong Egoism



25%

Nihilism



25%

Divine Command



0%

correcções

na barra ao lado o termómetro marca 26 ºC em karlstad.
é mentira. o termómetro da varanda diz que estão 30 ºC.


. breaking news: nothing is still happening . there is no news today . nothing happened . zip diddley squat nada zilch nought not a bean . nothing breaks out all over the world . there is no war . there are no terrorist attacks . there are no funny stories . nobody died . united states has not invaded any countries . things are pretty much as they were yesterday . nothing is happening .

crónicas dos pequenos delitos

«As pernas, altas e grossas, estão presas numas jeans de feira que lhe apertam a parte de baixo das ancas e lhe fazem transbordar a carne em excesso, que sai, aliviada, por cima do cinto dourado de plástico.»