15 junho 2006

hahahahaha

(dia 2 já estou em portugal)


obrigada, claudjinha. não fiques triste.

mais coisas aqui.

13 junho 2006

martírio

amanhã.
a tal reunião.
ai.
ai (outra vez).
aiaiaiaiaiaiaiaiaiaiaiaiaiaiaiaiaiaiaiaiaiaiaiaiaiaiaiai...

tanta água

domingo apanhei um escaldão. na suécia!


no maior lago da suécia, o terceiro maior da europa. estava sol e vento e havia muita água. parece um mar. carreguem na imagem se quiserem saber mais.


foi um dia bom. estes têm sido dias bons :o)

örebro

no sábado fui passear até örebro. é uma cidade maior que karlstad e parece mais pequena. mas tem uma portuguesa a morar lá.

foi muito bom falar português durante um dia inteiro :o) pode parecer estranho, mas faz tanta falta! fogem-me as palavras com o tempo e parece que cheguei a um país estranho quando tento falar português novamente.

esta portuguesa, ana paula, tem andado a saltitar de país em país e por cá encontrou qualquer coisa que a fez ficar. diz que o verão da escandinávia é o melhor verão do mundo, que a escuridão do inverno só se aguenta se não se desperdiçar nenhum raio de sol durante os dias de calor, e gosta tanto disto por cá que me picou o orgulho e fiquei cheia de vontade de dizer mal dos suecos - ainda mais do que o normal. hehe!


durante o dia todo andámos muito. passeámos pela cidade, espreitámos todas as barraquinhas da feira medieval, comemos pão com mel e cardamomo feito numa chapa quente, fomos até uma zona cheia de patos, gansos e vacas - que ela me disse que tinha sido criada há uns anos de propósito para chamar as aves (parece que as vacas estão lá para equilibrar o ecossistema).

o ponto alto do dia foi o jantar. sardinhas assadas! faz-me tanta falta comer peixe. já vos disse que por cá é só salmão e douradinhos? :o( uma miséria.

foi um dia muito bom.

gymnasiet

quando aqui se acaba a escola secundária, há sempre uma grande festa. cortejo pela cidade em jeito de parada. meninos e meninas de chapéu de marinheiro na cabeça (ninguém me soube explicar donde vem este modelo), passeiam-se em veículos* enfeitados a acenar à multidão - pais, avós, tias e tios, todos babados e satisfeitos com os meninos e com as meninas que já são crescidos. invariavelmente trazem uns cartazes com as fotos dos rebentos ainda em idade de fraldas, o nome e o ano em que estão a terminar o gymnasiet.


é mais um dia de bebedeiras. para estes finalistas o primeiro em que bebem às claras durante o dia todo e ninguém lhes diz nada. uma rapariga sueca da minha residência recordava, muito nostálgica: foi o meu melhor dia! começámos a beber às 7 da manhã enquanto preparávamos o carro e só acabámos no dia seguinte, já eram quase 6. mas aguenta-se tão bem. é que como sabemos que vamos beber o dia inteiro não é preciso bebermos à alarve para ficarmos mais bêbedos. duvido que consiga encontrar descrição mais clara do que esta acerca do que realmente este dia significa por estas bandas.

um pormenor engraçado: a maior parte destes alunos não faz ideia do que vai fazer a seguir. é normal tirar um ano de folga depois do gymnasiet, ou mais. há quem trabalhe, quem passeie, quem passe o ano a meditar acerca da vida. daí ser tão normal encontrar gente mais velha a estudar nas universidades suecas.

existem também muitas pessoas que decidem mudar de carreira a meio da vida e que regressam à universidade, já com filhos e vida feita (aquela vida feita que em portugal se parece tanto com uma via de sentido único, sem cruzamentos, entroncamentos ou possibilidade de inversão de sentido de marcha), para encontrarem outro rumo. sem vergonhas, sem remorsos, sem ninguém a olhar de lado. e com projectos de infantários para os filhos dos alunos em slgumas universidades.

*estes veículos tanto são a carrinha de caixa aberta do tio, o tractor do vizinho do lado, o carro de bombeiros (!) ou o descapotável que o papá comprou há 2 dias de propósito para o desfile.

hoje é dia de arregaçar as mangas...

... e colocar por aqui umas fotos e umas coisas que têm andado a pairar à minha volta, à espera que as apanhe e as partilhe com quem cá passa.

(e assim sempre adio mais um bocadinho o pânico de amanhã ir discutir os meus resultados com 3 (TRÊS!) professores. ai!)

09 junho 2006

os suecos dão cabo de mim

três dias de receios, de irritações, de pura fúria chegam ao fim. espero.

uma coisa tão simples como avisar que precisava de prolongar o contrato de arrendamento do meu quarto deu nisto (cronologicamente):

1º não podes continuar com este quarto;

2º podes, mas tens de falar com a coordenadora dos erasmus;

3º a coordenadora dos erasmus diz-me que não posso ficar com o quarto, que nem sequer tenho nada tratado para continuar nesta universidade e que os prazos já acabaram;

(O QUÊÊÊÊÊÊÊ?! pânico)

4º a coordenadora dos erasmus continua a tentar enegrecer o quadro, dizendo que nem me vou conseguir inscrever às cadeiras que quero, porque não tenho autorização e já não deve haver lugar.

eu: não vou ter cadeiras, não preciso.

ela: mas já acabaram os prazos e não te vais conseguir inscrever.

eu: não tenho cadeiras.

ela: já acabaram os prazos.

eu: NÃO TENHO CADEIRAS.

ela: JÁ ACABARAM OS PRAZOS.

(ãh?? a compreensão neste caso não é lenta, é inexistente :o\ ao pânico junta-se a fúria)

5º a secretária do departamento diz-me que afinal está tudo bem, ela é que me inscreve e o processo é diferente. milagrosamente diz que vai falar com a coordenadora dos erasmus acerca da inscrição e do quarto e de tudo.

(fixe :o) não vou ter de ser eu - não me apetecia nada repetir o ponto 4º...)

6º a secretária do departamento vem ter comigo muito contente e diz-me que está tudo tratado, mas que tenho de mudar de quarto - o ciclo fecha-se. o que é que eu vou fazer à tralha toda? o problema resolve-se em 2 segundos: se não arranjar mais nenhum lado, hão-de encontrar um cantinho escondido algures na universidade para eu plantar as minhas coisas durante o verão.

(bom. o pânico vai-se dissolvendo lentamente)

7º a razão para ter de mudar de quarto: no próximo semestre não vou ser considerada erasmus, e o quarto onde estou é para erasmus. respiro fundo para ganhar coragem (ai o ponto 4º!) e decido ir perguntar novamente à coordenadora dos erasmus se realmente não posso ficar no mesmo quarto (já me habituei às manchas de humidade no tecto, já são minhas amigas). triste decisão a minha.

ela: não podes, é para erasmus.

eu: mas...

ela: não te preocupes. tenho a certeza que se fores à STUB eles te arranjam outro quarto na mesma residência, provavelmente até no mesmo corredor.

eu: !!!

(expliquem-me lá a diferença entre eu ter outro quarto, namesmaresidênciamesmocorredor, e um erasmus QUE SÓ VEM EM AGOSTO E AINDA NÃO TEM A TRALHA TODA AQUI ir para esse quarto namesmaresidênciamesmocorredor?! ai...)

ideia brilhante: e se eu mudar o número aos quartos? são só umas plaquitas na porta mesmo...

8º de volta à STUB, para ver se sempre há esse tal quarto namesmaresidênciamesmocorredor. há. dois. o 47 e o 49. pertencem é à outra cozinha. aquela ainda mais suja do que a minha :o\ ponto positivo: vão estar ocupados em agosto também, por isso não preciso de pagar esse mês :o) outro ponto positivo: se pedir com jeitinho consigo deixar logo as minhas coisas lá. hehehe!

(volta a boa disposição. à boa maneira portuguesa - bom, à minha maneira - digo à mulher da STUB: que bom! sabe, quando cheguei aqui estava piúrsa, mas agora estou contente.
não sei bem o que ela pensou disto, mas riu-se. aqui riem-se sempre e nunca se consegue descobrir se é só boa educação ou não)

9º continua tudo a melhorar. afinal nem preciso de pedir com jeitinho. há uma rapariga sueca que não vai estar cá durante o verão e disse-me que podia deixar as minhas coisas no quarto dela. já tenho a chave e tudo! e o sol apareceu :o) sabem que estão 18 ºC agora? um luxo por estas bandas.

(a história ainda não tem ponto final porque me falta assinar novo contrato. escolhi o quarto 47. acham bem? parece que o papel de parede é mais bonito, mas vou ter de trocar a cadeira porque o estofo cheira mal. segunda sem falta vou armada de caneta até à STUB! vamos ver se corre bem...)

06 junho 2006

ai, os meus braços

no fim-de-semana passado fui fazer canoagem. em arvika, num dos 500 000 lagos que há neste país - glafsfjorden. querem tanto um fiorde à moda norueguesa que inventam nomes assim para os lagos, hehe.

foi muito bom.

uma alemã, juliane, trabalha num centro de canoagem e foi tudo atrelado a ela: eu, outro alemão chamado bernhard e o nigeriano isaac.

depois dos preparativos - ir buscar canoas, arranjar sacos-cama para toda a gente, colocar tudo em barris para não se molhar - fomos comer! salada de atum e feijão-frade. um começo bem português.


os músculos demoraram a habituar-se ao esforço, mas a paisagem fez esquecer a dor. depois dumas horas a remar, chegámos ao sítio do descanso: uma ilha com um abrigo preparado para quem por lá passasse e, espantem-se!, um wc. foi uma surpresa muuuuuuuuuuuuuuuuuito boa (a alternativa vinha connosco nas canoas - era uma pá).

ao que parece, a câmara constrói estes abrigos e, no início do verão, coloca até lenha para quem quiser fazer uma fogueira. nós chegámos cedo, tivemos de encontrar a nossa própria lenha. não podem ser só facilidades, né?


o jantar foi batatas assadas no fogo em papel de alumínio, salsichas e marshmallows como sobremesa. ah, e bananas com chocolate assadas à ceia. foi só comer! mas merecemos, tínhamos de repôr energias.


no dia seguinte, depois duma noite que nunca chegou bem a ser noite - estamos quase no maior dia do ano e já nunca fica completamente escuro, há sempre uma luminosidade arroxeada a marcar o horizonte, voltámos para o meio do lago.

desta vez remámos menos, estava toda a gente com mais vontade de apreciar a paisagem e andar devagarinho (cansados também, mas isso não se diz em voz alta).
depois duma paragem para almoçar - é verdade sim, passámos mesmo o fim-de-semana todo a comer - regressámos ao centro de canoagem, limpámos tudo e foi o fim.


quero ir outra vez!

01 junho 2006

granizo

rosenborg, 29 maio 2006

ai de quem me vier com a conversa do ai está tanto calor, nem consigo dormir bem de noite.