29 abril 2006

aos meus visitantes silenciosos

já não me escapam... hahaha hahaha haha ha! (riso maléfico e assustador)
agora arranjei uma daquelas cromices para contar quantas pessoas espreitam no blogue.

(o facto de as minhas visitas também contarem é capaz de viciar um bocadinho a estatística... se passar de 23 para 40 000 em pouquinho tempo, NÃO FUI EU. quem é que falou em carregadores compulsivos de botão de refresh?! é tudo mentira - e até acho que refresh não conta. hum... é pena. sempre dava outro ar à coisa: "ena! este blogue deve ser mesmo fixe. olha só o número de visitas! uau...")

27 abril 2006

oh...

mais uma a que eu não posso ir...

(sou só eu a achar ou aquela foto do circuit taste ficou muito feia mesmo?)

26 abril 2006

pechinchice sueca

hoje saí do gabinete a correr só para chegar à escada que dá para a rua e ver o meu autocarro a sair. chamei mil nomes ao aparelho de afm que não me dá os resultados que eu quero e ainda por cima me obriga a ficar à espera ao frio porque não se decide a desligar (esta segunda parte é mentira, mas eu tinha de conseguir deitar as culpas ao #%$@%& do aparelho) e fui andando com passos desanimados até à paragem. faltavam 11 minutos para o próximo autocarro. sim, não é muito. e, não, não estava assim tanto frio. mas é preciso apimentar um pouquinho a narrativa, não?

ainda olhei para o banco da paragem, mas depois decidi-me a entrar no edifício da associação de estudantes e dar uma vista de olhos nos postais da livraria.

dou uma voltita. vejo uns postais engraçados. olho para o preço (!). coloco-os de novo no expositor com uma festinha para lá ficarem quietinhos. dou outra voltita. deparo com uma mesa num canto cheia de livros com a bela palavra rea pespegada nas etiquetas do preço. é uma palavra sueca muito fixe. aproximo-me, assim de mansinho para não assustar, e reparo que os livros são todos em inglês! boa, estou lixada...

é óbvio que não resisto. vou pegando num. pegando noutro. hum... por enquanto nada de preocupante - para histórias de órfãos já me chegou o oliver twist e o david copperfield e o rémi e credo-que-nunca-mais-acabam, e o romance da vizinhadoamigodopadeirocomofilhobastardododonodafábricadecaixasdeplástico também não me interessa. sou uma insensível.

mas eis que da pilha sai um raio de luz e... puf!

pego nele. viro-o. aprecio a capa. o peso das folhas. leio a contracapa. abro umas folhas ao acaso. leio um bocadinho. penso que não preciso de nenhum livro. viro mais umas folhas. leio mais um bocadinho. olho para o preço. leio. olho para o preço. leio. olho para o preço. leio. fecho o livro.

inspecciono pormenorizadamente as mossas e os riscos. olho para a menina da caixa. respiro fundo e começo a andar em direcção ao balcão.

pronto, já está. desgracei-me num segundo.

entrego o livro. a menina regista-o. dou-lhe o dinheiro. e ela dá-me 30 000 moedas de troco. tanto?! ahahahaha, tive 50% de desconto sobre o preço de saldo! rio-me que nem uma perdida, digo-lhe que aquela foi uma boa surpresa e saio da livraria com um sorriso de orelha a orelha e a tempo de apanhar o 54 para o centro.

contas feitas, paguei dois euros pelo livro. e não é que o livro é engraçado?

se quiserem saber de que maneira é engraçado, carreguem aqui. boa exploração!

25 abril 2006

era uma vez um cravo*


* título roubado a josé jorge letria (lisboa, câmara municipal de lisboa, 1999)
o 25 de abril para crianças pequenas. como eu :o)

23 abril 2006

karlstad by nite*

primeiro há a pré-festa.

(esta é a minha cozinha!)

o grito de guerra nas pré-festas é: BEBE!
qualquer coisa serve, até cidra de cacto, desde que seja barata e ajude a aguentar as horas que se seguem de desértica agonia - comprar qualquer coisa na discoteca é impensável e a música, garanto!, deveria estar listada nas 50 mais eficazes torturas de sempre!


depois vai-se a penantes até à festa, que o tempo já dá para isso e os autocarros são poucos e tendem a despachar-se durante a noite e a chegar antes da hora (grrrrrrrrrr........).



a seguir vem a festa. de preferência antes das dez (22h?! sim... mas atenção: fecha tudo às 2 da madrugada), para não se pagar entrada - embora da taxa de bengaleiro ninguém se safe. chulos.


. à quinta-feira: arena


e antes das dez a cerveja é ao preço da chuva - da chuva portuguesa, entenda-se, aquela que não abunda. 20 coroas! que dá uns dois euros e qualquer coisa.



. à sexta-feira: nada. não sei porquê, sexta não é dia de sair por estes lados. pelo menos aqui por rosenborg.


. ao sábado: nöjesfabriken


onde os fumantes até têm direito a uma sala todinha só para eles!



independentemente do sítio, as caras são as mesmas e a música também - o que não é nem de longe uma vantagem. na terra dos hives e dos cardigans, a música nos clubs é pior que na megafm (e em arena até temos direito a intervenções assustadores do dj de serviço. é caso para dizer: credo!). pelo menos em karlstad é assim... (suspiro)

de qualquer forma, uma pessoa esforça-se e faz o máximo por aproveitar. tem de ser, né? :o)


depois da festa ainda há a pós-festa. mas eu nunca fui. é mesmo verdade, estou velha.


(já me disseram que há por aí uns sítios mais fixes, concertos em apartamentos e festas com música que não inclui balancear de ancas e refrões em espanhol, mas para isso é preciso conhecer os suecos certos - e isto de conhecer os suecos é uma coisa muito complicada!)


* esta nite começa por volta das 19h, e até às 21h é mais lusco-fusco do que outra coisa (afinal eles tinham razão!). pelo que percebi, daqui a uns tempos estes cinco/sete minutos, que já duram agora umas duas horas, vão transformar-se na noite inteira! os moços até talvez tivessem razão... o lusco-fusco pode vir a ser a next big thing na suécia!

estou velha.

já não só me nascem cabelos brancos. hoje também me caiu um!

22 abril 2006

desculpas!

tinha prometido a mim mesma que de hoje não passava. que me ia sentar direitinha na cadeira, fechar a porta à chave e colocar aqueles abafos de orelhas donde sai música - para ninguém me distrair. e ia escrever alguma coisa. a contar as aventuras por cá ("e no outro dia quando o jon disse..."). a dizer mal dos suecos ("os suecos cheiram mal dos pés!"). a contar das saudades que tenho de tudo e de todos ("e aquele senhor que me vendia a senha do passe? já não o vejo há tanto tempo..."). a comentar tudo o que se passa por aí ("que horror! então disse que uma estalada de vez em quando não fazia mal nenhum à criança?! bom, já li algures que é capaz de ajudar se houver praí uma bomba a cair. deve ser por isso."). a comentar tudo o que se passa por aqui ("grande färjestad! aquilo é que foi um jogo, ãh?!"). e mais ainda!

sim, porque este está a tornar-se um blogue amigo da preguiça - vá de botar fotos e ligações (li linques por aqui e achei giro - é tipo o disaine e a tichârte do outro), que é num instante e já ninguém me chateia.

isto assim não é vida, eu sei.

o problema é que já são quase sete horas - e essa é a hora declarada para a abertura oficial da pré-festa (cujo lema é bebe até quase caíres para o lado, sendo o quase pormenor de suprema importância), e eu não posso faltar. não posso mesmo. sabem, as discotecas por aqui só mesmo com uma tonturazita... ai, manel! não queres dar um pulinho a karlstad?

21 abril 2006

e olhem só...

... o que eu copiei do blogue da cláudia:


(podiam era arranjar um corrector ortográfico, mas isto já é só embirração minha...)

quem vai ver?




eu queria.

18 abril 2006

presente da cláudia!



















qualquer semelhança com a realidade é propositada e foi cuidadosamente pesquisada e seleccionada aqui.

chuac! :o)

17 abril 2006

pedacinhos de estocolmo

um pouquinho de portugal ...



... em estocolmo.

o futebol por cá não é rei - ganha a brutalidade do hóquei no gelo que, ao que parece, serve de escape aos suecos tímidos e cumpridores da lei - mas mesmo assim não há maneira de escapar às suas garras. bah!

(não se consegue ver bem, mas, SIM!, é futebol - e a discussão ia acalorada)

aos olhos menos atentos, quero deixar uma nota: o benfica não teve direito a honras de montra, hehe!

ah, e aquela é a minha sala :o)

12 abril 2006

09 abril 2006

07 abril 2006

rrrrrrrrrrrrrrrrateput!

já tinha lido algures que isto era moda para os lados do sol nascente e já alguém me tinha avisado que por aqui também era normal, mas é claro que eu não acreditei! até hoje...

está uma pessoa descansada da vida na paragem do autocarro, a fazer contas de cabeça porque comprou leite e pão e bananas e talvez o dinheiro não chegue para as mil cervejas que encomendou ao vizinho do andar de cima (sim, que isto de systembolaget é muito engraçado mas é só um dia. o governo sueco não brinca no que toca aos impostos... e mesmo assim é vê-los a fazerem fila - bem-comportadinhos, como suecos que se prezam - às 9h50 da manhã à espera que a porta abra!) e... bom, eu estava a falar do quê? ah, sim!

estou então imersa em complicadíssimos cálculos matemáticos, de importância extrema para a sobrevivência de qualquer pessoa durante um fim-de-semana em rosenborg, e oiço um som gutural, peganhento, esverdeado (um som pode ser esverdeado se eu quiser! ok?!), seguido dum rápido e certeiro put - de profissional.

olho para o lado e vejo duas meninas, loirinhas, com um ar de não-me-toques que só tem paralelo lá para os meus lados, armadas em fixes (como eu agora descobri que só os suecos conseguem, calças dentro das meiitas brancas e gel no cabelo e mil acessórios e peneirices - se ainda olhasse de acordo com os padrões portugueses, acho que diria que 95% dos rapazes daqui têm gostos que dão direito ao fogo eterno que aquele senhor alemão que agora está lá para os lados de itália apregoa) e penso assim: "andas mal, moça. já começas a imaginar coisas. cá para mim é do café..."

mas não era. é que passados dois segundos de eu estar a olhar, pimba! outra vez aquela maravilha de som, desta vez acompanhado duma imagem que eu nunca vou esquecer: sentadinha no banco da paragem, completamente torcida para não estragar os lindos ténis (que eram feios como tudo!), a rapariga tenta acertar na manchita amarelo-esverdeado que tinha deixado no chão há momentos!

(sim, era escarro...)

isto é só comigo, ou a vocês também dá volta ao estômago?

06 abril 2006

to you, to me, TO MAT?!


hehehehehehehehehehehehehehe.........................

quem quiser ver os anúncios mais parvos do planeta só precisa de ligar a televisão sueca. está provado que não há piores. e não estou a exagerar!

exemplo 1.

um grupo de amigos, vestidos para uma festa mexicana. um deles está deitado e os restantes estão sentados perto dele, com cara de preocupação. entretanto chega outro e pousa um hamburguer na barriga do que está deitado.

logo a seguir percebemos o que se passou: mostram imagens da festa mexicana e um dos rapazes tinha dado um enxerto de porrada ao que está deitado, porque pensava que era a piñata!

é um anúncio ao burger king...

exemplo 2.

um homem luta contra o vento e contra a neve, desesperadamente, completamente curvado. percebe-se de seguida que está a tentar acender um cigarro.

"está farto de tentar acender cigarros contra o vento? use uma nicotine patch e não tenha de se preocupar com isso!"

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

05 abril 2006

saudades...

de lisboa,


das coisas inesperadas que por vezes se encontram no meio dos caminhos,



de morrer de inveja duns putos que saltam para uma fonte no meio do porto - só porque está calor, só porque há sol e férias e vontade de ser feliz.



hoje o sol apareceu por estes lados :o) de repente tudo parece mais bonito, e até os suecos começam a esboçar um sorriso na rua.

pode ser que me apareça uma estrela na amostra e o dia seja perfeito.

beijinhooooooos

03 abril 2006

amigas inseparáveis

ei-la: a minha melhor amiga! já não passo sem ela. de três em três minutos vou à cozinha buscar mais do líquido maravilhoso (não tão maravilhoso assim, que estes suecos bebem cada porcaria... mas há que agradecer o pouco que se tem, não?), aquele que me mantém em pé durante o dia. eu e a minha caneca já somos inseparáveis! conhecemo-nos há pouquinho tempo, é verdade, mas a nossa amizade é maior do que o tempo, é maior do que tudo - espero eu que o sono não seja maior, caso contrário tenho a vida lixada...


meus queridos, acordar às seis da manhã não tem piada nenhuma. passar meia-hora no autocarro a dar cabeçadas no vidro da janela não tem piada nenhuma. subir as escadas aos tropeções por causa do sono não tem piada nenhuma. e isto tudo sem sol! e isto tudo sem café expresso! e isto tudo enquanto lá fora... enquanto lá fora nada. só há neve. e pronto.

mas melhora, dizem-me que melhora.
passadas as chuvas é bonito.
e há sol.
e calorzinho.
e o lago mesmo aqui ao pé para dar uns mergulhos.

mas entretanto:

hoje o tempo deprimiu-me. nem quero imaginar os suecos, que já levam quatro meses disto.

e a minha irmã que anteontem foi à praia? cabrona. (suspiro)

02 abril 2006

a princesa e a ervilha, versão sueca


pois, gente fina é assim. lembram-se daquele conto de andersen sobre a princesa que dormiu muito mal porque debaixo de 20 colchões estava um ervilhazinha? pois, por terras da neve o problema não são ervilhas nem favas nem leguminosas que tais... é a luz! nesta terra, paraíso de voyeurs, ninguém usa estores de jeito nem cortinas - só os desgraçados que vêm de fora. a qualquer hora do dia quem quiser senta-se num banquinho e, como aqui as janelas são maiores do que por terras do calor, pode seguir-se o percurso de quem está dentro de casa desde o quarto à casa-de-banho, a paragem na cozinha para uma bolachinha e... bom, isto já dá para outra conversa. fica para depois, sim?

aquela reconfortante escuridão, que embala o sono de milhares de portugueses e demais gente sensata que tem estores nos quartos, aqui é mentira.

vai daí (que fixe! acho que nunca tinha escrito isto... hehe!), bom, vai daí (hehe...), chorei tanto, fiz tanta birra, queixei-me, lamentei-me, berrei, exasperei, mas tanto, tanto, tanto, que só para me calar a minha irmã fez-me uma pala para os olhos! e é liiiiiiiiiiiiiiiiinda!!!!!!!!! não acham?

vai bem com o meu tom de pele, não? e serve de pala para o sol durante o verão e tudo! bonito :o)

01 abril 2006

ai!

estou perdida... já descobri uma loja cheiinha de sapatos engraçados. mesmo no caminho que tenho de fazer a pé entre os meus dois autocarros. e agora?! vou passar horas a babar-me à montra... todos os dias!

esta coisa de se gostar de sapatos não tem lógica nenhuma. acho que está mal e vou ter de combater isto. vou juntar todas as minhas forças e vou conseguir. quer dizer, são só sapatos! não é? servem para manter os pés quentes e dar uns chutos nas pedras. bom, pelo menos é o que o puto da casa da frente acha. (por aqui arranja-se ajuda onde se pode... ;o) )

ah, mas querem saber uma coisa muito fixe? encontrei lá sapatinhos portugueses! fly na suécia:


e são giros, não são? design portuga no seu melhor.

ai...