hoje saí do gabinete a correr só para chegar à escada que dá para a rua e ver o meu autocarro a sair. chamei mil nomes ao aparelho de afm que não me dá os resultados que eu quero e ainda por cima me obriga a ficar à espera ao frio porque não se decide a desligar (esta segunda parte é mentira, mas eu tinha de conseguir deitar as culpas ao #%$@%& do aparelho) e fui andando com passos desanimados até à paragem. faltavam 11 minutos para o próximo autocarro. sim, não é muito. e, não, não estava assim tanto frio. mas é preciso apimentar um pouquinho a narrativa, não?
ainda olhei para o banco da paragem, mas depois decidi-me a entrar no edifício da associação de estudantes e dar uma vista de olhos nos postais da livraria.
ainda olhei para o banco da paragem, mas depois decidi-me a entrar no edifício da associação de estudantes e dar uma vista de olhos nos postais da livraria.
dou uma voltita. vejo uns postais engraçados. olho para o preço (!). coloco-os de novo no expositor com uma festinha para lá ficarem quietinhos. dou outra voltita. deparo com uma mesa num canto cheia de livros com a bela palavra rea pespegada nas etiquetas do preço. é uma palavra sueca muito fixe. aproximo-me, assim de mansinho para não assustar, e reparo que os livros são todos em inglês! boa, estou lixada...
é óbvio que não resisto. vou pegando num. pegando noutro. hum... por enquanto nada de preocupante - para histórias de órfãos já me chegou o oliver twist e o david copperfield e o rémi e credo-que-nunca-mais-acabam, e o romance da vizinhadoamigodopadeirocomofilhobastardododonodafábricadecaixasdeplástico também não me interessa. sou uma insensível.
pego nele. viro-o. aprecio a capa. o peso das folhas. leio a contracapa. abro umas folhas ao acaso. leio um bocadinho. penso que não preciso de nenhum livro. viro mais umas folhas. leio mais um bocadinho. olho para o preço. leio. olho para o preço. leio. olho para o preço. leio. fecho o livro.
inspecciono pormenorizadamente as mossas e os riscos. olho para a menina da caixa. respiro fundo e começo a andar em direcção ao balcão.
inspecciono pormenorizadamente as mossas e os riscos. olho para a menina da caixa. respiro fundo e começo a andar em direcção ao balcão.
pronto, já está. desgracei-me num segundo.
entrego o livro. a menina regista-o. dou-lhe o dinheiro. e ela dá-me 30 000 moedas de troco. tanto?! ahahahaha, tive 50% de desconto sobre o preço de saldo! rio-me que nem uma perdida, digo-lhe que aquela foi uma boa surpresa e saio da livraria com um sorriso de orelha a orelha e a tempo de apanhar o 54 para o centro.
contas feitas, paguei dois euros pelo livro. e não é que o livro é engraçado?
se quiserem saber de que maneira é engraçado, carreguem aqui. boa exploração!
2 comentários:
és tão fixe :)
Olha: alguém que tb nao pode ver livros sem se desgracar!! Ja nao me sinto tao mal... ams 2 euros!!! devia ser proibido comprar livros ne suécia por 2 euros!! E, na finlandia?! Nada?!...
: ) bjinhos
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