25 novembro 2009

24 novembro 2009

(a caixa mágica também me traz a daniela ruah. nos primeiros minutos do primeiro episódio a moça ameaça "partir o carro todo" a alguém pelo telefone, em português. passei a ver aquela treta* toda na esperança que eles repitam a gracinha de a pôr a falar na língua mais bonita, mas até agora nada.)

* eu vejo muitas tretas, o sacrifício não é assim tão grande...

para matar saudades



a indústria automóvel anda a tentar seduzir-me - traz-me pedacinhos de lisboa aos bochechos pela caixa mágica.

(ai, as castanhas!)

faltas

alguém a quem perguntar se tenho o nariz limpo.

(mas tenho quem me ature às tantas da manhã quando estou completamente adrenalinada por ter andado a almofadar o candeeiro da mesa de cabeceira pensando que era um ladrão. abraços de longe também se sentem.)

06 novembro 2009

vou a caminho do sol.

05 novembro 2009

(confissões de emigrante)

vejam lá como isto anda que até achei o baixista da ágata muito bem-apessoado...

impressões

após 3 semanas com acesso à rtp internacional, eis o que aprendi:

. o malato é realmente irritante. nunca tinha passado tempo suficiente com a pessoa para me aperceber disso;

. a sílvia alberto já sabe dizer os éles. acho incrível, não percebo como é que se aprendem estas coisas;

. o joão baião devia usar calças do tamanho dele, parece-me que as que tem eram do irmão mais novo. mas gostei das cãs - subiu uns pontos por não as ter pintado;

. a judite de sousa está na crise de meia-idade. deve ser normal, mas é chato a dela ter de passar na televisão;

. a moça que fala com o marcelo rebelo de sousa todos os domingos (tento fixar o nome dela, mas escapa sempre), tem aquele ar de menina aplicada que quer mostrar que sabe antecipando o que o sôpessor vai dizer. dá-me cabo dos nervos aquele bbbbzzzzzzzzz, especialmente porque por vezes acerta e o marcelinho salta aquela parte - como o microfone dela não se ouve nessas alturas, fica uma pessoa a adivinhar, feita parva;

. a judite de sousa, mesmo em plena crise, com unhas douradas e sapatos à travesti (desculpem. é horrível dizer, mas não resisto), tem muito mais jeito para a coisa com o antónio vitorino. não teve foi jeitinho nenhum na entrevista com o antónio lobo antunes, mas isso é outra conversa*;

. o antónio lobo antunes fala da mesma maneira que aquelas pessoas muito fixes, muito fashion, muito acima de toda a gente falam - num tom condescendente, com uma paciência salpicada de exasperação pelo cansaço que é ter de explicar tudo, ao mesmo tempo que tenta a todo o custo passar uma imagem de calma e simplicidade. uma espécie de afectação zen, se me entendem;

. estou verdadeiramente emigrante. no outro dia deu um filme português que se passava ali para os meus lados - veio logo a lagriminha ao olho: ai, a praia de carcavelos, e paço de arcos, e aquilo é a cave do centro comercial de carcavelos (ah, mas foi gravado quando eu lá andava, como é que eu não dei por nada?), ai e os copos que eles estão a usar são iguais aos da minha mãe, e as matrículas dos carros, e as sombras das casas, e o raicoparta. estou perdida;

. alguém devia dar um dicionário de português e uma gramática (até pode ser como o acordo ortográfico manda, qualquer coisinha para começar) aos responsáveis pelo canal. tanto erro ortográfico nos anúncios de programas e agendas culturais e legendas. como é que têm a lata de passar aquilo do bom português se nem arrumam a própria casa?

. a acreditar nas comemorações dos 50 anos do telejornal, temos o melhor programa de informação do mundo. é mentira. (bate aos pontos o sueco, mas continua a ser miserável);

. estou a voltar a gostar de futebol à conta d'a liga dos últimos. e só vi um programa inteiro. claro que gosto é das pessoas, mas acho que continua a contar. não gosto dos comentadores. são paternalistas e irritam-me;

. a imagem que os emigrantes têm de portugal é datada e isso vê-se nos programas que passam. gostaria que os programas lhes levassem uma imagem mais verdadeira do país. mas isto é um querer igual ao outro querer que os programas que passam na televisão em geral nos tornem (espectadores) melhores e não que nós tornemos a tv pior;

. no domingo emparelharam o júlio isidro (é tão fixe, não é?) com uma menina que não conheço. na apresentação d'o programa das festas (sim, vi todinho. e ia morrendo porque aquilo passou-se na feira gastronómica de santarém e eu já não como nada que preste desde agosto). a moça até é engraçada e não fala mal e tudo, mas os dois juntos só se enterram. não combinam nadanadanadanada, aquilo foi atropelo atrás de atropelo. meteu dó;

. a outra moça do programa aqui de cima (outra que tento lembrar o nome e esqueço sempre - cristina qualquer coisa) fala como se estivesse a falar com meninos do infantário, mas curiosamente nem irrita muito. só me faz lembrar a serenela andrade. como me esqueço sempre do nome nunca consegui confirmar a suspeita. alguém ajuda?

. podia continuar, mas já estou a dizer muito mal duma só vez.

ao fim e ao cabo, gostei muito de ouvir a minha língua outra vez. e em muitas pronúncias e cores.


* aí fez papel de menina babada, mas não se concentrou o suficiente para realmente ouvir o que o homem dizia. parecia parvinha, embasbacada a olhar e aos risinhos (ela agora tem um bocado a mania do riso nervoso. devem-lhe ter dito que isso a tornava mais humana, menos jornalista dura. estão errados, não lhe deviam ter dito nada). a certa altura ele descreve uma das pessoas com quem uma vez esperava pela sessão de quimioterapia e diz que a tal pessoa trazia a gravata mais bonita do mundo, mesmo sem ter nenhuma gravata (era uma gravata de dignidade ou coisa que o valha) e a mulher pergunta-lhe se ainda se lembra da cor da gravata... que murro.

02 novembro 2009

antónio sérgio em repeat na radar é muito bom. e é muito triste.