21 setembro 2012

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porque eu não acredito no trabalho, não acredito na propriedade, não acredito na polícia, não acredito nos tribunais, não acredito nas fronteiras. não acredito que, para me protegerem, possam obrigar-me a usar cinto de segurança. não acredito que, para me castigarem, tenham o direito de me enforcar. não acredito que esta terra, por ter sido povoada por certos tipos ambiciosos, lhes e me pertença. não acredito que a minha pátria seja a minha língua porque com as minhas pernas eu aprenderia outras línguas e delas faria casa. não acredito que quarenta horas empenhadas num trabalho de merda num supermercado valorize um ser humano que seja, da mesma forma que não acredito que o motivo de uma vida possa genuinamente ser a ascensão na carreira. não acredito que as fortunas conquistadas pelo suor do trabalho contenham mais mérito do que a pobreza mantida por gerações apesar do suor do trabalho. não acredito na herança, no património, no imobiliário, no self made man. 
(...)»

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