tudo o que sei de ti é que estás assustada e sozinha. e que o estares assustada e sozinha é um monstro tão gigantesco que te agarra pela garganta com força e te impede de respirar. mas tenta. devagarinho, inspira bem fundo. força o ar pelos pulmões. deixa que te invada o corpo, que te invada a mente.
há coragens que só se têm quando não se consegue ver bem o que há pela frente, e tu não podes pegar nessa lâmina sozinha com o desespero a tapar-te os olhos.
sei que não vais voltar aqui, mas na remotíssima hipótese de isso acontecer tenho de te dizer que te ouvi. sei que já choraste tanto que já quase não deves encontrar lágrimas em ti e que a dor e o medo se transformaram nessa secura que agora comanda o teu corpo. sei que se ainda consegues soltar gargalhadas estas crescem dum sítio escuro em ti onde a alegria já não mora - e sei que achas que nunca mais lá irá morar.
quero dizer-te que a alegria há-de voltar um dia. e que esse nó que sentes a toda a hora e quase te faz desmaiar a cada passo que dás há-de desfazer-se.
mas não com essa lâmina que procuras.
existem outras alternativas, embora neste momento não aches isso. por favor, respira. olha à tua volta. vê as pessoas que te amam - elas existem, mesmo que longe, mesmo que escondidas. sei que as encontrarás. e com elas descobrirás uma solução que não passa pelo esventrar do teu corpo, esse esventrar que a raiva e a urgência te apresentam como única solução. não te magoes mais. não mereces essa dor.
pede ajuda.
eu sei que custa.
mas pede ajuda.
há uma mão algures a tentar encontrar-te. na cozinha de tua casa, ao fundo da rua, no hospital da esquina, aqui.
uma mão que agarrará a tua, mesmo que no fim seja para terminares essa vida que começa agora, timidamente, dentro de ti. mas sempre num sítio onde gente competente te porá a mão na testa e te tranquilizará. e no fim vais poder sorrir de novo.
por favor, pede ajuda.
por favor, não te mutiles.
por favor, lê isto.
quero dizer-te que a alegria há-de voltar um dia. e que esse nó que sentes a toda a hora e quase te faz desmaiar a cada passo que dás há-de desfazer-se.
mas não com essa lâmina que procuras.
existem outras alternativas, embora neste momento não aches isso. por favor, respira. olha à tua volta. vê as pessoas que te amam - elas existem, mesmo que longe, mesmo que escondidas. sei que as encontrarás. e com elas descobrirás uma solução que não passa pelo esventrar do teu corpo, esse esventrar que a raiva e a urgência te apresentam como única solução. não te magoes mais. não mereces essa dor.
pede ajuda.
eu sei que custa.
mas pede ajuda.
há uma mão algures a tentar encontrar-te. na cozinha de tua casa, ao fundo da rua, no hospital da esquina, aqui.
uma mão que agarrará a tua, mesmo que no fim seja para terminares essa vida que começa agora, timidamente, dentro de ti. mas sempre num sítio onde gente competente te porá a mão na testa e te tranquilizará. e no fim vais poder sorrir de novo.
por favor, pede ajuda.
por favor, não te mutiles.
por favor, lê isto.
2 comentários:
epá, que horror.
que horror mesmo.
inexplicável.
que merda DESCOMUNAL.
....
é assustador. e o sentimento de impotência com que se fica...
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