eu não ia dizer nada acerca disto, mas já não consigo resistir mais tempo. tenho mesmo de meter a minha colherada no assunto.
assunto: maitê proença
vi o lindo vídeo uns tempos antes da polémica incendiar o país (isto parece mal escrito, mas é mesmo o que quero dizer: visto de fora, foi incêndio que deflagrou sem controlo). fiquei horrorizada; respirei fundo; olhei para a data daquela tristeza; encolhi os ombros perante a idiotia de algumas pessoas; e apaguei o mail onde me tinham enviado a ligação para o iutúbaro (tiro novamente o chapéu à genialidade do
autor original desta linda tradução, que anda desaparecido há um porradão de tempo).
aquilo não tem ponta por onde se lhe pegue - e estou neste momento a dar o peito às balas. pelo que li por aí, parece que quem acha de mau gosto e sem piada é um desgraçadinho complexado com falta de sexo e problemas de infância. ficarei definitivamente marcada a ferro quente como uma portuguesinha triste, mas aquilo é
fazer pouco da gente. terá piada num contexto pífio de tagarelice maldicente de comadres - o que parece ser o género de coisa que o programa da gnt é - daí eu nem ter ligado à coisa, por achar o programa tão insignificante. agora dizer que
ahaha!, era a brincar e tal não dá para engolir.
é ofensivo.
mas este ser ofensivo não justifica o clamor de protestos que se seguiu - com gente a favor, gente contra, desculpas públicas, recolha de assinaturas para sei lá o quê, e maismaismais - exactamente pela pobreza de espírito dos ataques e pelo contexto em que foram feitos (em plena incapacidade de discernimento, consequência directa do programa onde passou a peça). não interessa.
a sério, interessa mesmo a alguém o que um grupo de araras cinquentonas poderá dizer ou deixar de dizer numa sessão de cusquice, mesmo que
televizada?