31 outubro 2007

momento divulgação cultural

feira laica no porto

é carregar aí nessas coisas em cima para saber mais.

lumière & cie




«lumière and company (1995 original title "lumière et cie") was a collaboration between 41 international film directors in which each made a short film using the original cinématographe camera invented by the lumière brothers. shorts were edited in-camera and abided by three rules: a short may be no longer than 52 seconds. no synchronized sound. no more than three takes.»
mais aqui

isto andou a saltar de blogue em blogue.
é culpa do painel do blogger visto com olhos embebidos em sono.

25 outubro 2007

poema pial

Toda a gente que tem as mãos frias
Deve metê-las dentro das pias.

Pia número UM
Para quem mexe as orelhas em jejum.

Pia número DOIS,
Para quem bebe bifes de bois.

Pia número TRÊS,
Para quem espirra só meia vez.

Pia número QUATRO,
Para quem manda as ventas ao teatro.

Pia número CINCO,
Para quem come a chave do trinco.

Pia número SEIS,
Para quem se penteia com bolos-reis

Pia número SETE,
Para quem canta até que o telhado se derrete.

Pia número OITO,
Para quem parte nozes quando é afoito.

Pia número NOVE,
Para quem se parece com uma couve.

Pia número DEZ,
Para quem cola selos nas unhas dos pés.

E, como as mãos já não estão frias,
Tampa nas pias!

fernando pessoa

19 outubro 2007

bloguecoisa

sempre que escrevo alguma coisa gasto milhares de papéis e canetas e lápis e borrachas. escrevo e risco. escrevo e apago. escrevo e volto a riscar e a apagar e a escrever. no limite desisto de alterar, mais por cansaço de riscar/apagar/escrever do que por me sentir satisfeita.

por aqui acaba por ser igual, mesmo sem papelcanetalápisborracha. escrevo e publico e edito. publico e apago. escrevo e publico e edito e apago e escrevo outra vez até que, por fim, chega o cansaço e páro. fica como estiver. publicado ou não. uma luta contínua entre a vontade de dizer e a vontade de dizer bem cujos destroços me enchem o painel de mensagens.

lembrei-me agora dessa gente que usa rss feeds e coisas que tais como eu. será que as mil versões dum texto aparecem por lá? ou só a primeira? ou só a última? ou uma qualquer que desgraçadamente foi apanhada desprevenida num instante milagre deste mundo bloguecoiso?

divirto-me a pensar na fiada de mensagens iguais, com uma vírgula a mais ou a menos, frase chegada à direita ou chegada à esquerda, palavra no início ou no fim, sentido completo/incompleto/absurdo/destruído, desenrolando-se insistentemente numa qualquer lista de mensagens. tenho vontade de adicionar o meu url a uma destas coisas só para ver como fica...

mas é tão melhor imaginar.

escaganifobético

já há muito tempo que não encontrava esta palavra. duvidei que pertencesse ao mundo fora do universo fantástico de ser criança. pensei que tivesse desaparecido com os dragões azuis e as escadas em espiral, intermináveis, à volta da árvore nas traseiras da escola primária. faz-me sentir pequena novamente.

16 outubro 2007

compras importantes que fiz hoje

alla vi barn i bullerbyn, de astrid lindgren - a senhora da pipi das meias altas.
alguém conhece o emil?


kejsarn av portugallien, de selma lagerlöf - a senhora d'a maravilhosa viagem de nils holgersson através da suécia (beijinho para a menina drei), e a primeira mulher a receber o prémio nobel da literatura.
que se desenganem os que estão já praí a pensar que este livro tem alguma coisa a ver com portugal. não tem, embora os nossos irmãos do outro lado do oceano atlântico o tenham traduzido como o imperador de portugal. portugallien é "a fairytale land (...) where dreams come true". os brasileiros lá sabem.

logo vos digo como é que isto corre.

14 outubro 2007

se eu fosse uma cidade europeia seria lisboa

You Belong in Amsterdam

A little old fashioned, a little modern - you're the best of both worlds. And so is Amsterdam.
Whether you want to be a squatter graffiti artist or a great novelist, Amsterdam has all that you want in Europe (in one small city).


já não me lembro onde encontrei isto.
estes testes são um bocado parvos, não são?
fazem duas perguntas e meia (cada uma mais estúpida que a anterior) e
arranjam num instante uma etiqueta para se colar na testa.

12 outubro 2007

«a igreja é extremamente rigorosa quando se trata de milagres»

a propósito disto (em que a claudjinha e o pp também já repararam):


(george carlin)

«caso os clínicos concluam que a cura ocorreu por motivos naturais, será "preciso rezar aos pastorinhos para que façam um milagre mais claro"»


milagre:
do Lat. miraculu

s. m.,
evento sobrenatural, cuja origem não se pode explicar;

aquilo que é sobrenatural;

intervenção sobrenatural;

acontecimento que assombra;

sucesso extraordinário;

prodígio, maravilha.

11 outubro 2007

abri as caixas de comentários ao mundo

se me arrepender fecho-as novamente. é aquela tal história de isto ser tudo livre somente enquanto me apetecer.

este mundo bloguecoiso está povoado de ditadorezinhos, não é?

puta que o pariu!*

então depois deste esforço hercúleo desaparecem-me aqui do lado as imagens lindas dos livros maravilhosos que estou a ler ?! que caraças...
parece-me que sei o que aconteceu.
parece-me até que a culpa foi minha.
parece-me que vou continuar a culpar o blogger.
tem muito mais piada assim.

*não desfazendo das putas; a expressão serve
apenas como insulto ao rebento.
e sentir-me assim, sem jeito. à espera de um qualquer nem-sei-o-quê que me desperte e justifique este outro-nem-sei-o-quê que me faz sentir assim, sem jeito.

lá fora chove.
cá dentro lhasa enche o mundo.

eu quero que o doclisboa dure muitos anos



é para ver se eu ainda apanho uma ediçãozinha...

ai.

05 outubro 2007

afinal...

... acontecem algumas coisas por aqui.


os suecos não ficam até ao fim do filme. acendem-se as luzes assim que aparecem os créditos finais. é uma chatice, sabem? eu não leio os créditos finais (excepto se for para descobrir o nome daquele actor tããããããão lindo, que isto há coisas que não se controlam...), mas fico até ao fim. puro egoísmo. gosto daqueles últimos minutos para respirar fundo e reentrar devagarinho no mundo a sério. esfumam-se as imagens do grande ecrã, abandonando-me os olhos pouco a pouco. tento perceber uma ou outra cena que, na altura, provocando ou não uma grande emoção, me ficou a boiar cá dentro à espera dum instante em que a ela pudesse voltar - no cinema não há botão de pausa, e ainda bem. coisas.

os suecos não.

aquilo começou assim: a sala cheia (num espanto de gente barulhenta e contente); um moço do clube de cinema a falar durante 10 minutos em sueco (não me perguntem o que ele disse, três aulas de sueco ainda não dão para isso; mas houve muitos braços no ar à vez, a lembrar a escolinha primária quem quer pintar com lápis de cera? eeeeeeeeeeeeeeeu! e as canetas de feltro vão para quem? pra miiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiimmmmmmmm!); assim que ele se senta (sem dizer adeus, acho incrível os suecos não se despedirem) apagam-se as luzes e pronto; durante o filme, muitas gargalhadas* (novamente o espanto - que expansividade é esta que nunca antes a vi por cá sem ser nos socos e encontrões dos bêbedos e nos fãs de hóquei no gelo?); assim que acaba o filme, acendem-se as luzes (um exagero de luminosidade que me cegou imediatamente), levantam-se todos, dirigem-se à saída; acabou.

foi quase como olhar alguém que arranca um penso rápido duma só vez, num puxão vigoroso. já está! já pus a mão no ar para o senhor do clube saber que eu quero as canetas de feltro, já me ri, já sei esta história, agora acabou.

para a semana há mais.

*e nem era filme de rir... talvez por isso.

stock sale

02 outubro 2007

surpresas da pesca

Não tinha dado nada.
Preparava-me para voltar para casa, mas resolvi atirar a linha uma última vez.
Senti um esticão bem forte. Segurei firme e comecei a enrolar o carreto com cuidado, devagar. E não é que vejo vir um nazi no anzol! Um nazi bem bom, dos grandes! Fiquei admiradíssimo, tinham-me dito que já não havia. Tratei de o tirar com o auxílio do camaroeiro e fui verificar imediatamente. Era mesmo. General e SS, calculem! Com boné, medalhas, suástica e tudo. Vá lá uma pessoa acreditar no que lhe dizem! Meti-o logo numa lata, enquanto estava fresco, e despachei-o para a Peixaria Nacional. Lá devem saber o que fazer com ele. A mim, francamente, não me serve para nada.

01 outubro 2007

que coisa fantástica! (parte 2)


ah! afinal sou mesmo sortuda.
ou pelo menos não congelo.
ainda.

que coisa fantástica!

hoje apanhei uma abelha a mijar. não sou sortuda? ãh, ãh?!

há dias em que devia ficar em casa a dormir.

comviq amigos

já decorei o meu número de telefone sueco. não sei bem o que isto significa, mas há-de ser alguma coisa importante. afinal, passei cá um ano inteirinho com este mesmo número e sempre me recusei a sabê-lo de cor...

mas continuo com o pacote dos emigras, claro.
isto de me assuecar só acontece até determinado ponto. espero eu.