24 fevereiro 2012

ando pelo norte há demasiado tempo xvii

ontem à noite, depois do jogo de hóquei, não encontrei a paragem de autocarro e decidi ir a pé até casa. foram 50 minutos, mas não fez mal porque afinal 2ºC é quente.

ando pelo norte há demasiado tempo xvi

fui a um jogo de hóquei no gelo, não perdi o disco de vista e achei toda a porrada que houve em campo perfeitamente justificada.

ando pelo norte há demasiado tempo xv

pousar o pão directamente no balcão do café é normal. e sei que quando voltar para portugal morro disto.

[adenda: isto não é nenhuma crítica enviesada ao grau de limpeza dos balcões de café portugueses. só as diferentes temperatura e humidade em portugal e na suécia devem chegar e bastar para justificar a atitude escandinava mais relaxada nestas matérias. não quero cá confusões.]

20 fevereiro 2012

16 fevereiro 2012

há quem ache que eu não posso com a suécia. a culpa é minha, nunca desmenti a coisa com a veemência que merece. digo muito mal, claro. mas eu só digo mal desta maneira do que gosto, pensei que já se soubesse isso. e ontem, ao ver aquele triste episódio (vide post anterior), senti-me mais escandinava do que europeia, mais sueca do que portuguesa.

o chato é não se encontrarem pães-de-leite de jeito por aqui. ou couve para caldo verde.

tenho a escandinávia entranhada em mim

o tanto que o meu queixo caiu ontem à noite quando vi a triste figura deste senhor na televisão!



espreitem aqui (até 10 março), entre os 35:15 min e os 51:20, para verem como mona sahlin (que quase ficou com o assento de reinfeldt há uns tempos), timbuktu (um sô artista do rap/reggae sueco), jonas gahr støre (ministro dos negócios estrangeiros norueguês) e fredrik skavlan (o apresentador) se torcem todos para não pregarem um par de estalos ao senhor enquanto tentam, infrutiferamente, transformar aquele monólogo inflamado num coisa qualquer mais parecida com uma conversa. 

o homem largou tantos insultos que é impossível falar deles todos. vejam tudo, são 16 minutos que valem a pena. para rir ou para chorar, ainda não me decidi.

14 fevereiro 2012

apunhalada

estive a imprimir calendários. o 5 de outubro e o primeiro de dezembro já não aparecem.

desconcerto

uma pessoa habitua-se a encontrar cabelos brancos. cada vez mais, e sempre nos sítios mais expostos, até já não valer a pena contá-los. começam a cair como os outros, a aparecer semeados nas camisolas de lã, já não surpreendem nem indiciam apropriações das mantas por estranhos. de vez em quando aparece um fio que é testemunho do tempo a passar pelo corpo, um fio que começou castanho e que morre nos entreténs das malhas já esbranquiçado, estranha traça da vida que ainda falta percorrer.

hoje encontrei um cabelo que de branco passou a castanho. não sei o que isto significa.