11 fevereiro 2007

uau!



sim: 59,25%

não: 40,75%


43,61% de votantes



(estou tão contente!)

6 comentários:

M. da Silva disse...

lol! Ainda bem que os jovens sairam à rua e que os cotas se lembraram que se calhar....as mulheres deles e da familia ate podiam ter tido alguma coisa a ver com o assunto...lol

A ver se agora as pitas nao se lembram é de fazer como o outro dizia "olha! o filme esta esgotado!vou abortar!" lol

Bisous aqui do Portugal aí para a emigrante!

Anónimo disse...

Por acaso nao fiquei nada contente. A abstençao ganhou. o que significa que 56% das pessoas nao consideram o assunto importante ou nao se dao ao trabalho de exercer um dos poucos direitos que temos...
Quanto aos votantes acho que foi um fiel retrato do pais em que vivemos: reflecte a inclinacao politica e religiosa dos distritos e nao a maneira livre de pensar das pessoas. Da a ideia da populacao nao ter uma opiniao sobre um assunto importante.
Um beijinho grande.

purpurina disse...

pois, a abstenção é sempre um problema. mesmo assim, acho que quase mais um milhão de pessoas foi votar neste referendo do que no de 98. e isso é uma mudança significativa. para além de que, segundo o que ouvi na antena1 (maravilha de internet), houve mais gente a ir às urnas para este referendo do que para umas eleições quaisquer - já não sei quais, fica a ideia.

também acho que parte do problema da abstenção tem a ver com o que estava a ser perguntado. entre os que achavam que o problema não era com eles e as mulheres que decidissem - ironicamente, isto é um sim à pergunta... - e os que simplesmente não acharam resposta e preferiram não dizer nada, ainda há os que a chuva afugentou e os que simplesmente se estão a cagar para tudo o que não seja refilar que as coisas estão cada vez pior. é uma merda.

fiquei contente na mesma. acho que se ganhou qualquer coisa, mais do que uma resposta afirmativa. gostei que tanta gente se tivesse interessado nisto, mesmo que daqui a uns tempos nos apercebamos que foi afinal apenas véu para não se prestar atenção a outras coisas. gostei do interesse.

a distribuição dos votos pelo país foi realmente muito clara. e sim, reflectiu as inclinações políticas e religiosas dos distritos. mas não é sempre assim? andou-se numa batalha de convencimento, e no fim quem convenceu mais ganhou. se em cima disso ainda se têm missas a pedir pelas alminhas dos abortados e pela castigo das abortadoras e simpatias do tipo ai, ele fala tão bem e é tão compostinho. deve ter razão muita gente há-de deixar a decisão para os que acha saber melhor. e aí cai na teia das convicções religiosas e políticas. funciona assim, né?

mas adoro os alentejanos! pode ter tido muito a ver com o pcp, mas gostei da resposta ao anormal do padre de castelo de vide - uma grande chapadona na cara com os 80% de votantes no sim. hehe!

não fiquei muito contente com o que li hoje no jornal acerca de não ser obrigatória consulta de aconselhamento... hum. vamos ver. um dos aspectos mais importantes do tornar a ivg legal e feita somente em sítios autorizados era a possibilidade de poder haver aconselhamento (que é muito diferente de convencimento) à mulher grávida e informação acerca das várias hipóteses, dando-lhe espaço para respirar. isso e um crash-course de educação sexual.

a ver.

beijinhos

C. disse...

e quem fala assim nao é gago! ou gaga, no caso.

mas que a abstençao é um problema presente em qq convocatoria às urnas n há duvida.
Mas neste caso especifico, nós, emigrantas e emigrantos do nosso portugal, fomos negados ao direito de voto. (ainda n me refiz deste assunto! estava tao nervosinha no domingo, sent-ime bastante impotente. N estava à espera de sentir-me assim.)

blargh disse...

Não entendo a mania de dizer mal de quem não vota...

purpurina disse...

está a tentar continuar aqui a discussão do blogue do jota? :o)

por muita piada que eventualmente possa achar a isso de o sistema democrático é uma merda, tudo corre mal e andamos praqui encarneirados por isso não vou votar, não acho que não votar seja a solução, nem sequer acho que neste momento se possa afirmar como arma de protesto contra a imperfeita democracia.

não votar reflecte somente estar-se a cagar para isto tudo. haverá quem não vá votar conscientemente, admito isso, mas a maioria dos que não vão fazem-no porque se estão a cagar. simplesmente não querem saber, não estão para se chatear. e, se assim é, é impossível servir de protesto porque não se consegue distinguir entre uns e outros.

há que lutar com o que se tem, e o que se tem é o voto. não achas que o impacto duma acção de protesto se faria sentir muito mais numa afluência às urnas de 80% em que 70% fossem votos nulos/brancos, por exemplo? (isto é um bocado à saramago, mas enfim...)

independentemente desta conversa toda, acho que não ir votar é uma tremenda falta de respeito - e já o escrevi no blogue antes - para com todos quantos lutaram para que a ninguém fosse negado o direito ao voto. claro que isto sou eu. votar é um direito, não é uma obrigação. só vai quem quer.

já agora, eu também não entendo a mania de não ligares nenhuma aos meus presentes. especialmente porque até tinha um bocadinho a ver com isto que se está agora a discutir aqui. faça lá o favor de dar uma espreitadela e prestar atenção à letra, sim? ;o)